CASO JENNIFER: CUNHADA DA ALEMÃ DEPÕE NA DHPP


Mesmo com a expectativa da imprensa, a cunhada da alemã Jennifer Marion Nadja Kloker, Roberta Freire, de 27 anos, que chegou nessa quinta (11) ao Recife, vinda da Itália, não retornou ao Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) nesta tarde. O depoimento da testemunha durou cerca de cinco horas e foi encerrado às 13h30.

A grande expectativa do depoimento está relacionada ao fato de que Roberta pode esclarecer se existe ou não um seguro de vida de Jeniffer em que o beneficiário seria o sogro dela Ferdinando Tonelli. Mesmo assim, a delegada que colheu o depoimento, Gleide Ângela, ainda não falou com a imprensa.

Pela manhã, a cunhada de Jeniffer chegou ao DHPP por volta das 9h20 acompanhada pela mãe, Delma Freire, sogra da turista alemã, e do sobrinho de 3 anos.

Delma Freire teria ido ao local levar o garoto de três anos para ver o pai, Pablo Tonelli, que continua detido na unidade policial. A sogra da turista alemã teria ficado até às 11h no departamento.

Rompida com a família Tonelli e ameaçada de morte, segundo policiais que a receberam no aeroporto, Roberta Freire está no Recife em local protegido, sob os cuidados do programa de proteção a testemunhas. Depois da morte de Jennifer Kloker, a cunhada passou a receber mensagens ofensivas na internet e chegou a classificar sua situação como um filme de terror.

O caso ganhou tanta repercussão que alguns ajustes no Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) tiveram que ser feitos. Apenas tem acesso ao primeiro andar do local, onde estão os tonellis, pessoas autorizadas. O elevador do local foi programado para não parar no andar.

Os policiais que antes utilizaram o primeiro andar do DHPP para alojamento estão agora espalhando colchões por outras salas do DHPP.

O CASO - A turista alemã Jennifer foi assassinada no último dia 16. O corpo foi encontrado na BR-408, em São Lourenço da Mata, próximo ao Terminal Integrado de Passageiros (TIP), no Grande Recife, com quatro perfurações à bala. Segundo a família, dois homens em uma moto encostaram no veículo onde Jennifer estava com o marido, os sogros e o filho e obrigaram Pablo Tonelli, que dirigia o carro, a parar. Os supostos ladrões, então, teriam obrigado a família a sair do carro e entregar todos os pertences. Um dos bandidos teria levadoJennifer no automóvel e o outro seguiu de moto. A jovem foi encontrada morta às margens da rodovia. Os exames revelaram que ela não sofreu abuso sexual.

Um dos principais indícios obtidos pela polícia contra a família Tonelli vem do GPS do Gol alugado pela família. O sistema de localização mostra que o carro fez trajeto diferente do informado por Pablo Tonelli, em depoimento à polícia.

Outro ponto que chama a atenção da polícia é a turbulenta relação de Jennifer e Pablo na cidade de Coriano, na província de Rimini, na Itália. A alemã prestou queixa por agressão contra ele. A acusação foi retirada logo depois. O casal chegou a se separar por dois meses, período em que Jennifer teria morado com uma prima do rapaz. Além disso, um exame residuográfico realizado em Pablo e Ferdinando apontou a existência de pólvora nas mãos dos suspeitos, ou seja, que eles usaram uma arma.

Com relação a um exame feito nas mãos de Pablo e Ferdinando que detectou a presença de pólvora nas mãos dos dois, o advogado do sogro e do marido da turista, Célio Avelino, afirmou que o resultado "não tem o menor valor científico, não serve para estabelecer um juízo de condenação ou de absolvição, apenas serve de orientação".

Fonte: JC

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